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Desbravador, humanista e patriota. Predicados que resumem bem a trajetória do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, Patrono da Arma de Comunicações e um dos grandes vultos do Exército Brasileiro. Sua biografia é um relato de dedicação ao país. Um nome que é referência obrigatória quando estão em pauta a integração à sociedade nacional dos pontos mais afastados da fronteira, bem como das populações indígenas, pois foi ele, com coragem e abnegação, o pioneiro da valorização desses temas.
Desde seu nascimento, em 5 de maio de 1865, na localidade de Mimoso, próxima a Cuiabá, o destino o direcionou para a carreira das armas. Rondon nasceu quando a Guerra da Tríplice Aliança estava em curso, tendo afetado diretamente sua terra natal, a então Província de Mato Grosso. Filho de Cândido Mariano da Silva e Claudina de Freitas Evangelista da Silva, perdeu o pai antes de seu nascimento e, a mãe, quando tinha dois anos de vida. Foi criado pelo avô e por um tio, de quem herdou e incorporou o sobrenome que ganhou notoriedade após seus feitos memoráveis.
Muito cedo, Rondon despertou a vocação para a carreira militar, ingressando na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, aos 16 anos de idade. Em 1888, foi promovido a alferes, posto correspondente hoje a "aspirante a oficial".
Rondon dedicou a vida a duas nobres causas. A primeira delas foi interligar os pontos mais afastados da fronteira e do sertão brasileiro aos maiores centros urbanos. A outra, decorrente de suas missões exploratórias, foi a integração do indígena à civilização.
Com a mesma intrepidez dos antigos exploradores, que se lançaram em mares desconhecidos nas grandes navegações dos séculos XV e XVI, Rondon arriscou-se pelo Brasil profundo, em uma época de poucos recursos de transporte, comunicação e localização. Desbravou mais de 50 mil quilômetros de sertão e estendeu mais de dois mil quilômetros de fios de cobre por regiões inóspitas do país, ligando os mais longínquos rincões pela comunicação do telégrafo.
Atuando como indigenista, pacificou tribos, estudou os usos e costumes dos habitantes dos lugares percorridos e participou da criação de medidas legais de proteção aos descendentes dos primeiros brasileiros. Em 7 de setembro de 1910, foi nomeado diretor da Fundação do Serviço de Proteção aos Índios, precursora da atual Fundação Nacional de Assistência ao Índio, fruto de suas realizações e da estatura moral e intelectual patenteada em toda sua carreira.
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Além dessas conquistas, as expedições de Rondon também contribuíram para a descoberta de 15 novos rios, a catalogação de 20 mil exemplares de nossa fauna e flora e a integração de 500 mil quilômetros quadrados ao espaço brasileiro, informações compiladas em 70 volumes de relatórios alusivos à Biologia, Geologia, Hidrografia e aspectos das regiões antes desconhecidos.
O reconhecimento da obra de Rondon extrapolou as fronteiras do Brasil. Ele teve seu nome escrito no Livro da Sociedade de Geografia de Nova Iorque, como o explorador que penetrou mais profundamente em terras tropicais. Na sessão solene do Congresso Nacional, de 5 de maio de 1955, já com 90 anos, Rondon recebeu as insígnias do posto de marechal. Faleceu no Rio de Janeiro em 19 de janeiro de 1958, aos 92 anos.
Ainda em vida, o Marechal Rondon recebeu uma homenagem única no Brasil: o antigo Território do Guaporé, que passou a condição de estado da federação em 1982, foi rebatizado em sua honra, passando a chamar-se Rondônia, em 1956.
Outro reconhecimento foi conferido a ele em 1967, pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, que deu o nome de "Projeto Rondon" à iniciativa de levar estudantes universitários a locais remotos do Brasil, a fim de aplicarem seus conhecimentos em benefício de populações carentes. O projeto, atualmente, é coordenado pelo Ministério da Defesa.
Pelo conjunto de seus atributos militares admiráveis, o Marechal Rondon ganhou o título de Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro e sua data natalícia, 5 de maio, tornou-se o Dia Nacional das Comunicações.
Para celebrar e preservar a memória do Mal. Rondon publicamos os registros históricos e iconográficos referentes à concepção e lançamento da nota de 1.000 Mil Cruzeiros, emitida em maio/1990. Cédula que circulou no período 31 de maio de 1990 a 15 de setembro de 1994.
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