ESTÁGIO PARA CADETE DO 4º ANO DA AMAN

 Como parte da formação do futuro oficial do Exército Brasileiro, foi realizado, no período de 17 a 28 de julho de 2017, no 9º Batalhão de Infantaria Motorizado (9º BI Mtz), sediado em Pelotas (RS), o Estágio Preparatório de Corpo de Tropa (EPCT), com a participação de um cadete do 4º ano do Curso de Infantaria da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

Dentre as diversas atividades realizadas pelo cadete, está a palestra que ele ministrou com instruções de patrulha, com teoria e prática, para o Curso de Formação de Cabos da organização militar e de lançamento de granada de mão para os soldados da 1ª Companhia de Fuzileiros.


POLÍCIA DO EXÉRCITO ADESTRA-SE PARA MISSÕES DE PAZ DA ONU

 Preparar as tropas do Exército Brasileiro disponibilizadas ao Sistema de Prontidão de Capacidades de Manutenção da Paz das Nações Unidas (UNPCRS – United Nations Peacekeeping Capabilities Readiness System) foi o objetivo do Exercício no Terreno da Companhia de Polícia do Exército de Força de Paz à disposição do UNPCRS, ocorrido entre os dias 17 e 21 de julho.
Coordenado pelo 1º Batalhão de Polícia do Exército (1º BPE) e com o apoio do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), o Exercício permitiu que a Companhia de Polícia do Exército de Força de Paz praticasse ações semelhantes às que podem ocorrer em uma missão de paz.
As tarefas e os trabalhos de instrução desenvolvidos foram: uso proporcional da força, conforme as Regras de Engajamento; prevenção à exploração e ao abuso sexual; direitos humanos; suporte à mobilidade; proteção de civis; questões de gênero; controle e aconselhamento de deslocados e refugiados; operações de segurança e investigação; e resposta a distúrbios civis.


Esse é mais um exemplo do preparo da Força Terrestre para respaldar o Estado brasileiro ante compromissos e demandas de organismos internacionais, como a ONU.
UNPCRS
Os Estados-Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) colocam à disposição, em local e momento oportunos, tropas e pessoal especializado para serem empregados em operações da paz sob a égide das Nações Unidas. Assim, o UNPCRS (Sistema de Prontidão de Capacidades de Manutenção da Paz das Nações Unidas – United Nations Peacekeeping Capabilities Readiness System) tem o objetivo de estabelecer um processo dinâmico entre a ONU e os Estados-Membros, de modo a assegurar a prontidão adequada das tropas de força de paz disponibilizadas.



CONTINGENTE MILITAR NO HAITI AJUSTA DESMOBILIZAÇÃO

Nos dias 20 e 21 de julho, o 26º Batalhão de Infantaria de Força de Paz (BRABAT 26) sediou a Reunião do Force Commander da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), General de Divisão Ajax Porto Pinheiro, com integrantes do seu Estado-Maior e Comandantes dos Contingentes Militares.
A reunião teve por finalidade transmitir informações atualizadas relativas ao encerramento dos trabalhos do Componente Militar da MINUSTAH, que ocorrerá a partir de 15 de outubro de 2017. Além disso, também foi verificado o andamento da desmobilização das instalações e do material para a repatriação dos efetivos de cada país. Futuros procedimentos para coordenar uma saída escalonada, organizada e gradual, após 13 anos de missão bem-sucedida, também estava entre os temas em discussão.

Encerrando a conferência, que ainda serviu para estreitar os laços de amizade entre os países que integram a MINUSTAH, os militares estrangeiros tiveram a oportunidade de conhecer o Fuzil IA2, calibre 5,56 mm, e realizar um exercício de tiro real com o armamento de fabricação brasileira. Nessa oportunidade, os participantes do evento puderam constatar a qualidade e eficiência dessa arma que está sendo empregada pelo BRABAT 26, efetivo que encerrará a participação brasileira nessa missão de paz.

AUMENTO DE CAPACIDADE COM “GUARANI UT-30BR”


No dia 14 de julho, a 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada (15ª Bda Inf Mec) recebeu as seis primeiras Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Média de Rodas (VBTP-MR) Guarani equipadas com os sistemas de armas automatizados UT-30BR. Essas foram as primeiras, de um total de doze viaturas, nessa configuração, que serão entregues à Grande Unidade. As viaturas fazem parte do lote de experimentação doutrinária da Nova Família de Blindados, desenvolvido pela Diretoria de Fabricação (DF).

Dotadas de uma torre remotamente controlada, equipada com modernos equipamentos de visão noturna e um canhão 30 mm como arma principal, as Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Média de Rodas (VBTP-MR) Guarani versão UT-30BR aumentarão o poder de fogo e a proteção blindada da Brigada nas operações de defesa externa, de combate a ilícitos transfronteiriços e de proteção de infraestruturas críticas existentes na região oeste paranaense.

A Torre UT-30BR
Algumas das VBTP-MR 6x6 Guarani receberam recentemente a torre não tripulada UT-30BR (Unmanned Turret 30 mm Brazil), aumentando suas capacidades de fogo. Nesse tipo de torre, o atirador se mantém protegido dentro da viatura, maneja o armamento por meio de comandos tipo “joystick” e observa o terreno por intermédio de um monitor LCD. Trata-se de um Sistemas de Armas Remotamente Controlado (SARC).
A Guarani com UT-30BR comporta três tipos de armamentos: o canhão automático 30 mm ATK BushMaster MK44; a metralhadora coaxial 7,62 mm; e o lançador de granadas fumígenas 76 mm. O canhão possui funcionamento elétrico, tipo Chain Gun, no qual o conjunto ferrolho movimenta-se ciclicamente, sem a necessidade da utilização dos gases oriundos dos disparos, o que proporciona um índice muito baixo de incidentes de tiro, além de fácil manutenção.

A torre possui dois cofres de munição 30 mm, um com capacidade para 50 cartuchos e outro para 150, então, é possível alimentar o canhão com até dois tipos de munição simultaneamente. Como vantagem, tem-se a munição toda estocada na parte externa da viatura, o que aumenta as chances de sobrevivência da tropa, caso sofra ataques anticarro ou com mina terrestre. Sua cadência inicial é de 200 tiros por minuto, com alcance efetivo de 3.000 metros (com munição perfurante) e 2.000 metros (com munição explosiva).
A metralhadora automática coaxial 7,62 mm proporciona alta expectativa de impacto a 500 metros e possui uma cadência de aproximadamente 700 tiros por minuto, podendo ser alterada de acordo com o ajuste do regulador de gases. Diferente do canhão, os gases dos disparos são aproveitados para o funcionamento da metralhadora.
Por fim, o lançador de granadas fumígenas pode lançar oito artefatos a aproximadamente 30 metros de distância, formando uma cortina de fumaça de cerca de 100 metros de frente, que oculta a viatura diante do adversário e a protege contra a telemetria laser dos armamentos inimigos. O operador pode disparar quatro ou oito granadas simultaneamente.
A torre UT-30BR possui um dispositivo de segurança para a detecção de ameaça a laser chamado Elbit's Laser Warning System (ELAWS), que alerta quanto a ameaças laser inimiga, informando a direção de origem. Em uma situação de combate, quando detectada a ameaça, o operador pode configurar a torre para apontar automaticamente para a direção ou manualmente, bastando pressionar um botão.
O “auto tracking”, ou “Automatic Target Tracking” (Acompanhamento Automático de Alvos), é um recurso muito útil desse modelo de torre, que permite o acompanhamento, sem a necessidade de interferência humana. Existe, ainda, uma outra ferramenta, chamada de “Caçador-Matador” (Hunter-Killer), que permite ao comandante trazer o armamento para a direção em que estiver observando, trazendo o canhão para seu comando e executando o disparo, sem a interferência do atirador.
Além do Brasil, vários países já adquiriram esse equipamento, tais como Eslováquia, Bélgica e Portugal. A torre também pode ser integrada a outros tipos de viaturas blindadas.
Capacitação técnica de militares no CAEx
Uma etapa importante para esse processo foi o preparo de recursos humanos para a experimentação doutrinária do Produto de Defesa, por isso, o Exército disponibilizou capacitação para militares da 15ª Bda Inf Mec, do Centro de Instrução de Blindados (CI Bld) e do Centro de Avaliações do Exército (CAEx), como o ocorrido, de 16 a 27 de maio de 2016, no Rio de Janeiro.

Técnicos da empresa Elbit Systems (israelense) e da ARES Aeroespacial e Defesa S.A. (brasileira) estiveram nas instalações do CAEx para ministrar as instruções, que teve a participação de 20 oficiais e praças. O curso visou habilitar os militares paras as atividades de experimentação doutrinária, instrução e de avaliação técnica e operacional do sistema de armas em questão.
Durante o curso, com atividades eminentemente práticas, os instruendos aprenderam a utilizar o equipamento nos modos de operação: manual, potência, estabilização e transporte. O plano de matéria do curso contemplou os seguintes assuntos: realização de tiro com o canhão 30 mm, com a metralhadora 7,62 mm e com o lançador de granadas fumígenas; além de carregamento, alimentação, dobramento da torre e manutenção em primeiro escalão.
Por fim, o Exército, por intermédio do CI Bld está diuturnamente comprometido em criar as condições para que o recurso humano tenha todo o conhecimento e competência para o melhor uso dos atuais meios de emprego militar.


CURSO DE FORÇAS ESPECIAIS DÁ INÍCIO A NOVA TURMA



 O Exército Brasileiro deu início, no dia 14 de julho, às aulas de nova turma do Curso de Forças Especiais, um dos mais específicos do Exército. A formação habilita os militares a realizarem Operações de Forças Especiais, missões que requerem um alto grau de especialização e conhecimentos sobre o combate não convencional.

Cursos como esse ampliam a capacidade da Força Terrestre de defender a Pátria, atribuição constitucional do Exército Brasileiro.

A palestra inaugural do Curso de Forças Especiais foi proferida pelo Comandante da 1ª Divisão de Exército, General de Divisão Mauro Sinott Lopes. Foi abordado, em suas palavras, o preparo e o emprego das Forças Especiais no mundo contemporâneo. A atividade contou com a presença do Comandante de Operações Especiais, General de Brigada Sérgio Schwingel, e de autoridades. 


POTÊNCIA DE FOGO PARA A DEFESA EXTERNA DO PAÍS



Por sua potência de fogo, grande poder de destruição e alta capacidade dissuasória, a Artilharia desempenha importante papel na defesa externa. O Exército Brasileiro segue atento à necessidade de manter atualizado o preparo e o adestramento dos militares empregados no "apoio de fogo" necessário ao combate.
Nesse sentido, o Centro de Adestramento e Avaliação – Sul (CAA-Sul) coordenou, no Simulador de Apoio de Fogo (SIMAF), no período de 10 a 12 de julho, o Exercício de Adestramento do 13º Grupo de Artilharia de Campanha (13º GAC). Foram executadas missões de tiro simuladas, com tarefas de Direção e Coordenação de Tiro (Central de Tiro), de Observador Avançado, Linha de Fogo e de Comunicações, todas inerentes aos Subsistemas de Artilharia.

PODER JUDICIÁRIO CONHECE AÇÕES DO EXÉRCITO NA AMAZÔNIA

No dia 13 de julho, o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) recebeu a visita de uma comitiva composta por 27 operadores de Direito, dentre Juízes, Procuradores e Promotores de Justiça, que foram recepcionados pelo Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Geraldo Antonio Miotto.
A visita teve por finalidade disseminar o trabalho que o Exército vem desenvolvendo na Amazônia por meio das suas operações e ações de rotina, estabelecendo, assim, o contato das autoridades do Judiciário com a realidade vivida pelos militares.
No CIGS, assistiram a uma palestra institucional proferida pelo General Miotto, que abordou as peculiaridades da Região Amazônica. Além disso, participaram de explanações sobre o CIGS, ministrada pelo Comandante do Centro; e sobre a criação e os trabalhos desenvolvidos no zoológico, tanto educativos quanto socioambientais, no respeito e trato com os animais.
Após as apresentações, a comitiva conheceu o zoológico do CIGS com animais da fauna amazônica. 



EXÉRCITO ADOTA FUZIL IA2, COM TECNOLOGIA 100% NACIONAL

O Exército Brasileiro está substituindo de modo gradual o armamento mais utilizado pelos seus efetivos. A fim de atender às necessidades operacionais da Força Terrestre, o Fuzil IA2 sucederá o Fuzil Automático Leve (FAL 7,62) como dotação de suas tropas.

Primeiro fuzil com tecnologia 100% nacional, o armamento tem diferenciais de qualidade, como o peso inferior ao do FAL, ergonomia do punho, maior capacidade do carregador e possibilidade de fixação de acessórios diversos, como optrônicos. O calibre do novo armamento é o 5,56 mm, sendo que uma nova arma da mesma família encontra-se em fase de testes, com calibre 7,62 mm. O IA2 está sendo produzido pela Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL), em Itajubá (MG), com investimento no projeto da ordem de R$ 50 milhões.

O novo fuzil atende aos requisitos estabelecidos pelo Exército para sua adoção como armamento padrão. O IA2 atira nos regimes automático, semiautomático e de repetição, para lançamento de granadas de bocal, com cadência de 600 tiros por minutos.

Em sua fabricação, foram utilizadas novas tecnologias, conceitos e materiais poliméricos, mais leves, ergonômicos e de melhor maneabilidade. Seus trilhos picatinny, dispostos em toda a superfície superior da tampa da caixa da culatra e em todas as faces do guarda-mão, permitem a acoplagem de dispositivos, como lanternas táticas, apontadores laser, lunetas de visada rápida, lunetas de visão noturna ou lunetas de precisão, punhos táticos e lançador de granadas.

O IA2 já está sendo empregado em diversas organizações militares pelo Brasil e foi, inclusive, utilizado pelo Exército na segurança de grandes eventos, como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Programas Estratégicos, como o Sistema de Monitoramento Integrado de Fronteiras (SISFRON), também contemplam a utilização do novo fuzil pela tropa. Da mesma forma, o 26º Contingente Brasileiro da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH), efetivo que encerrará a participação brasileira na missão de paz, emprega esse armamento.

Dados técnicos:
Calibre: 5,56 x 45 mm
Capacidade do carregador: 30
Raiamento: 6 à direita
Peso (sem munição):3,38 Kg
Comprimento (coronha aberta/fechada): 850 mm/600 mm
Comprimento do cano: 330mm (350mm com quebra-chama)

GUERRA NA SELVA: COMBATENTES PARA A DEFESA DA AMAZÔNIA

Região com maior biodiversidade do planeta, fonte de recursos hídricos e reservas minerais, a Amazônia é uma das grandes riquezas naturais do Brasil. Sua área abrange 5.217.423 km² (61% do território nacional), em nove Estados, e faz fronteira com seis países da América do Sul, além da Guiana Francesa. Defender essa vasta área de qualquer tipo de ameaça é missão das Forças Armadas, com papel de destaque desempenhado pelo Exército Brasileiro. Para assumir tão árdua responsabilidade, faz-se necessária a capacitação permanente de recursos humanos. Com esse objetivo, o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), sediado em Manaus (AM), conduz o Curso de Operações na Selva (COS), um dos mais prestigiados no âmbito da Força, reconhecido em nível internacional. 
No dia 10 de julho, tiveram início as atividades do curso em seus turnos 17/3 (para oficias) e 17/4 (para subtenentes e sargentos). O COS é realizado em 12 semanas, nas quais os alunos passarão por três fases: a de Vida na Selva, a de Técnicas Especiais e, por fim, a fase de Operações. Ao término da última etapa, os militares que obtiverem êxito passarão a ostentar o brevê de “Guerreiro de Selva”, com a cobiçada efígie da onça como símbolo. Integrarão, assim, o seleto grupo de melhores combatentes de selva do mundo.

O Centro de Instrução de Guerra na Selva
Criado em 2 de março de 1964, o CIGS teve como seu primeiro Comandante o então Major de Artilharia Jorge Teixeira de Oliveira, que hoje dá nome à essa tradicional organização militar.
O primeiro COS funcionou no ano de 1966 e foi ministrado em duas categorias: uma para oficiais e outra para subtenentes e sargentos. A partir de outubro de 1969, passou a ser oferecido em três categorias: “A”, para oficiais superiores; “B”, para capitães e tenentes; e “C”, para subtenentes e sargentos.
Ao longo de seus 53 anos de existência, o CIGS já especializou mais de seis mil combatentes de selva, desses, quase 500 são oriundos de nações amigas.

MODERNAS TECNOLOGIAS ADESTRAM EFETIVOS DO 3º RCC



Por suas características de mobilidade, ação de choque e sistema de comunicações amplo e flexível, as organizações militares de Cavalaria desempenham importante função na defesa de nossas fronteiras. No Sul do Brasil, a "Arma de Heróis" possui essa missão vital para a manutenção da integridade territorial da Pátria desde o período imperial, como na Guerra contra Oribe e Rosas e na da Tríplice Aliança. O cenário atual mudou e as hipóteses de emprego são distintas daquelas verificadas no Século XIX, entretanto a atenção do Exército com o preparo dos seus efetivos é perene.

Com o advento das modernas tecnologias, houve um incremento na preparação e treinamento dos militares, algo observado no Exercício de Adestramento de Simulação Virtual, realizado no Centro de Instrução de Blindados, em Santa Maria (RS), no período de 2 a 8 de julho. Na ocasião, o 3º Regimento de Carros de Combate (3º RCC) obteve a certificação de quatro pelotões para emprego, participando de exercícios com a finalidade de aprimorar as técnicas, táticas e procedimentos, inseridos num ambiente de simulação virtual.
Dentre as atividades realizadas, os pelotões executaram exercícios táticos no software Steel Beast, que visa ao treinamento voltado para o adestramento tático de forças-tarefas blindadas, e exercícios no Treinador Sintético de Blindado, composto por seis cenários de emprego tático. Realizaram, também, planejamentos e emissões de ordens, empregando o Processo de Condução de Tropas e adestrando-se nas normas de comando das frações.

PRIMEIRO EXERCÍCIO DE LONGA DURAÇÃO DE PIONEIRAS DO CFS

 Alunos do Curso de Formação de Sargentos (CFS) do 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve (4º GAC L) realizaram, no período de 3 a 7 de julho, o seu primeiro Exercício de Longa Duração. Esse grupo abrange a primeira turma com o segmento feminino na Linha de Ensino Militar Bélico, sendo que, dos 76 integrantes que participaram das atividades, 60 são mulheres.
Dentre as instruções ocorridas, destacam-se progressão diurna e noturna, orientação, observação, transposição de curso d’água e marchas. O exercício busca desenvolver conhecimentos necessários à formação do combatente básico e adestrar a tropa. Segundo o instrutor do curso de formação, Primeiro-Tenente Gustavo de Souza Carvalho, o rendimento foi muito bom, as alunas não aceitam desistir frente aos obstáculos e ao frio que fez durante o exercício. “A vibração foi algo que me surpreendeu positivamente”, ressalta.
“O campo foi vibrante! Tudo o que aprendi na teoria vi que funciona na prática. Vibrei com a transposição de curso d’água, pois no primeiro momento não acreditava que as boias improvisadas funcionavam”, conta a Aluna Larissa Aparecida Otoni de Araújo.

A primeira turma com mulheres do CFS
Em 28 de abril, em Juiz de Fora, ocorreu a entrada, pelo Portão das Armas do 4º GAC L, das pioneiras da Linha de Ensino Militar Bélico do Curso de Formação de Sargentos do Exército Brasileiro. A turma mista possui 60 integrantes do segmento feminino, que realiza o período básico de formação na Zona da Mata Mineira.
O último concurso de admissão para o CFS 2017-1018 contou com 92 mil candidatos inscritos para as áreas combatente, música e saúde, sendo que a concorrência para as mulheres combatentes chegou a 179 candidatos por vaga.
Ao término de 2018, essas sargentos estarão à frente de pequenas frações na tropa, como combatentes da área logística (dentre Intendência, Manutenção de Comunicações, Topografia, Manutenção de Armamento, Mecânico de Viatura e Mecânico Operador).

Alguns requisitos para ingressar na carreira:
Área Combatente: é preciso ter entre 17 e 24 anos e possuir ou estar completando o Ensino Médio. Há vagas para homens e mulheres.
Área de Saúde: As vagas são para ambos os sexos e a faixa etária fica entre 17 e 26 anos. É preciso ter o curso técnico de enfermagem.
Área de Música: Para músicos é necessário ter habilidade na execução de partituras em um dos instrumentos musicais pedidos no edital.

Quer saber mais sobre o concurso para Sargentos do Exército Brasileiro? Acesse:   http://concurso.esa.ensino.eb.br/

PATRULHA NOTURNA DO NPOR DE ARTILHARIA: MISSÃO CUMPRIDA


 No dia 22 de junho de 2017, no 10º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva (10º GAC Sl), “Grupo General Manoel Theophilo Neto”, ocorreu uma instrução de patrulha aos alunos da primeira turma do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPORde Artilharia do Norte do Brasil, com a finalidade de transmitir técnicas de patrulha, sua organização geral, as etapas da missão e suas atividades de preparação e planejamento.
Pouco antes da instrução, os alunos foram surpreendidos com a notícia de que executariam uma patrulha noturna na região. Em seguida, eles se equiparam com fardo aberto, fardo de combate e fuzil e foram ter suas primeiras orientações práticas de como seria realizada a patrulha. Após serem instruídos ao longo do dia, os alunos partiram para cumprir sua missão na região de mata que cerca o 10º GAC Sl.

A atividade utilizou, como recursos, munição de festim (o que tornou mais realista a instrução) e auxiliares da equipe de instrução, simulando soldados de um país inimigo em uma base a ser emboscada para a captura de mantimentos. O objetivo foi alcançado com êxito pelos alunos, que conseguiram emboscar os figurantes, sem serem notados e capturar os mantimentos.

Após o alcance do objetivo da patrulha, os alunos voltaram para o 10º GAC Sl com o entendimento da importância da patrulha na atividade militar e com o conhecimento básico necessário para a formação dos futuros oficiais da reserva do Exército Brasileiro. Certamente levarão tal experiência singular para o resto de suas vidas.


Você Sabia.... Projeto OCOP

O Exército Brasileiro (EB), para atender à missão constitucional, deve ser um instrumento dissuasório à disposição da Nação Brasileira, o que requer organização, equipamento e adestramento, visando obter resultados decisivos nas operações militares e nas demais atividades das quais participa ativamente.
O combate moderno e a ampliação da capacidade institucional de proteção ao Estado Brasileiro, preconizada na Estratégia Nacional de Defesa, impõem ao Exército Brasileiro a execução de um Processo de Transformação, por intermédio dos Projetos Estratégicos do Exército (PEE).
Com o intuito de manter a permanente capacidade operacional e contribuir com a Base Industrial de Defesa (BID), o EB busca preencher as lacunas de capacidade, por meio da obtenção e modernização de seus sistemas e materiais de emprego militar. Nesse sentido, foi estruturado o Projeto Estratégico do Exército de Obtenção da Capacidade Operacional Plena – PEE OCOP.

O OCOP foi criado em 2012 e é o único Programa Estratégico que contempla todo o EB, contribuindo, efetivamente, para a manutenção do estado de prontidão da Força Terrestre (F Ter). Tem por escopo atender às demandas de sistemas e materiais de emprego militar para dotação das organizações militares, permitindo a atuação nas operações no amplo espectro e, em particular, na proteção da sociedade.
Esse Projeto tem como Autoridade Patrocinadora o Chefe do Estado-Maior do Exército, cabendo a  gerência ao 4º Subchefe do Estado-Maior do Exército. Entre seus benefícios,  destacam-se a contribuição para o estado de prontidão operacional, a adequada capacidade dissuasória e o fortalecimento da BID.
O OCOP está estruturado em: Subprograma Sistema de Artilharia de Campanha, Projeto Combatente Brasileiro, Projeto Sistema de Material de Engenharia e Ações Complementares.
O Subprograma Sistema de Artilharia de Campanha busca a reestruturação desse sistema, de modo a permitir apoiar as operações conduzidas pela Força Terrestre, mediante a aplicação de fogos adequados às necessidades, de forma potente, precisa e oportuna. Ressaltam-se a modernização de 32 (trinta e duas) Viaturas Blindadas de Combate Obuseiro Autopropulsado (VBCOAP) M109 A5 + BR e aquisição do Sistema Digitalizado de Artilharia de Campanha (SISDAC).
O Projeto Combatente Brasileiro visa dotar o combatente individual de equipamentos, armamentos e sistemas adequados à sua atuação nos diversos ambientes operacionais - como, por exemplo, a Região Amazônica - visualizados para condução de operações militares pela Força Terrestre, possibilitando maximizar a letalidade seletiva, a proteção individual e a consciência situacional.
O Projeto Sistema de Material de Engenharia tem por escopo a obtenção de sistemas e materiais de emprego militar específicos de Engenharia, tais como meios de abertura de brechas, transposição de cursos d'água, equipamentos de purificação de água, geradores etc., reduzindo o hiato tecnológico dos meios relacionados à mobilidade, contra mobilidade e proteção. Salienta-se o emprego desses meios no contexto de operações de apoio a calamidades, sobressaindo-se a "mão amiga" da Força Terrestre na proteção da sociedade.
As Ações Complementares são processos que subsidiam a implementação do programa, além de abrangerem atividades necessárias que não demandem a estruturação de um subprograma/projeto para sua execução, abarcando a aquisição de viaturas operacionais especializadas (blindadas e não blindadas), meios de comunicações, armamentos, equipamentos optrônicos, embarcações, material aeroterrestre, saúde operativa, entre outros.
Entre as principais entregas já realizadas pelo Programa, realçam-se as seguintes: equipamentos rádio, Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP), Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP) M113 BR modernizadas, monóculos de visão noturna LORIS, fuzis IA2, embarcações Guardian 25, portadas táticas, morteiros 81 mm, mísseis IGLA, viaturas operacionais especializadas, paraquedas e equipamentos de pontaria/levantamento de alvos.

Manter as atuais e obter novas capacidades são fatores determinantes para a adequada prontidão operacional da Força Terrestre e o atendimento das demandas da sociedade brasileira. É nesse mister que o OCOP vem atuando, de modo a contemplar todo o Exército com sistemas e materiais de emprego militar, contribuindo decisivamente para a geração de poder de combate e o fortalecimento da BID.

BRABAT FAZ RECONHECIMENTO NA REGIÃO SUL DO HAITI

Les Cayes (Haiti) – O 26º contingente do Batalhão de Infantaria de Força de Paz (BRABAT 26) desdobrou seu Destacamento de Resposta Inicial (DRI) em avaliação de desastres na região Sul do Haiti, especificamente, nas localidades de Les Cayes, Jeremie, Port Salut e Dame Marie, durante o período de 16 a 21 de junho.
A montagem e a preparação do DRI feita no Brasil, sob a coordenação da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), foi baseada na nota de coordenação doutrinária do Estado-Maior do Exército, que trata sobre a Força de Ajuda Humanitária, e também nas experimentações doutrinárias conduzidas pelo Comando Militar do Nordeste em 2015.
Com enfoque no reconhecimento e preparação para uma efetiva resposta da MINUSTAH, em caso de o país caribenho ser novamente atingido por um furacão, o DRI foi apresentado à Organização das Nações Unidas (ONU) com o nome de Disaster Assessment Team (DAT). A preocupação se dá devido ao fato de a temporada de furacões no Haiti ter iniciado em junho, com previsão de se estender até novembro.

A tropa, integrada por 36 militares e dois assistentes linguísticos haitianos, percorreu essas cidades e regiões próximas, levantando as necessidades e meios disponíveis nas áreas de logística, comando e controle, coordenações com agências governamentais e Organizações Não Governamentais, inteligência, proteção, engenharia e saúde. Essas ações tiveram por finalidade um possível desdobramento de tropas em apoio à ajuda humanitária e a montagem de um banco de dados para ser consultado pelo Office for the Coordenation of Humanitarian Affairs (OCHA) e pela MINUSTAH, em caso da ocorrência de um desastre em uma região já afetada. Em outubro de 2016, o furacão Matthew atingiu o Sul do país, deixando grande quantidade de vítimas.
O Haiti teve cerca de 230.000 mortes, ao longo dos últimos 20 anos, causadas por desastres naturais, configurando-se no país com o maior número de vítimas fatais por catástrofes desse gênero, segundo relatório da ONU, divulgado em 13 de outubro de 2016.