Pioneiras da Linha de Ensino Militar Bélico do Exército Brasileiro realizam período de adaptação na AMAN.



Chega ao fim, nessa sexta-feira, dia 9 de fevereiro, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), o período de nivelamento dos alunos aprovados na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) em 2017. Durante 11 dias, eles participaram de diversas atividades, que tiveram como objetivo contribuir para o processo de adaptação às rotinas, procedimentos e tradições da AMAN, onde realizarão a formação de oficiais combatentes nos próximos quatro anos. A grande novidade esse ano é a presença de 33 mulheres na turma, sendo as pioneiras na Linha de Ensino Militar Bélico do Exército Brasileiro.

O General de Brigada Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, Comandante da AMAN, destaca que a chegada das mulheres à formação dos oficiais combatentes representou para o estabelecimento de ensino muito mais que a simples adaptação de instalações. Toda a Academia foi mobilizada para que a inserção do sexo feminino ocorresse de modo natural. “Recebemos todo o apoio e orientação do Estado-Maior do Exército e do Departamento de Educação e Cultura do Exército e capacitamos nossos profissionais para que adotem um tratamento de total isonomia nas instruções, naturalmente respeitando aspectos fisiológicos e capacidades físicas. Tenho a convicção de que as Cadetes se realizarão profissionalmente e terão um rendimento satisfatório em todos os aspectos”.

Os alunos chegaram à AMAN no dia 30 de janeiro, oriundos de diversas partes do Brasil. Durante o nivelamento, o grupo passou por atividades nos três períodos do dia, incluindo avaliações diagnósticas, exames médicos, palestras, treinamentos físicos, instruções de Ordem Unida e Comunicações, além do recebimento de material de emprego militar e a verificação de medidas para confecção de uniformes.

No dia 8 de fevereiro, ocorreu um dos momentos mais marcantes desse período. Após uma alvorada festiva, foi realizado o “Banhesp”, uma tradição de décadas que representa um rito de iniciação dos novos integrantes da Academia. Logo depois, todos receberam os brasões do Curso Básico, que engloba as atividades do primeiro ano de formação dos cadetes. No dia 17 de fevereiro, será realizada a solenidade de passagem pelo Portão Monumental da AMAN. Somente após essa cerimônia, o aluno oriundo da EsPCEx passa a ser chamado de “cadete”, até sua declaração como aspirante a oficial, quatro anos mais tarde.

A presença pioneira de mulheres na formação de oficiais combatentes também se reflete no corpo docente, que recebeu instrutoras. Uma delas é a 1° Tenente Dentista Ísis, da 2ª Companhia do Curso Básico. Seu processo de capacitação para conduzir instruções na AMAN incluiu uma viagem à Academia de West Point,do Exército dos Estados Unidos. “Durante o ano de 2017, eu e as demais instrutoras do Curso Básico participamos de diversas atividades como acampamentos e o Estágio de Montanha, para verificar as possíveis dificuldades que as futuras cadetes viessem a enfrentar a partir de 2018. O desafio do pioneirismo é natural, mas as alunas estão entusiasmando todos os instrutores, pela vibração, bom preparo físico e disposição. Todas têm um grande potencial a ser desenvolvido e capacidade de cumprirem a missão”.


Natural de Palmas (TO), a Aluna Cecília afirma ser uma grande honra integrar a primeira turma da AMAN com presença feminina. “Tem sido uma vitória a cada dia. Minha expectativa para os próximos quatro anos é fazer jus a todo o investimento que o Exército está fazendo em minha formação e dar ainda mais orgulho à minha família”. Já a Aluna Milena Canestraro, nascida em Curitiba (PR), revela que o período de nivelamento tem sido desafiador, porém o sentimento de estar escrevendo a história a motiva a seguir em frente. “Estou me adaptando, como todos os meus colegas, e tenho certeza de que terei ótimos anos de instruções. Sempre gostei muito das tradições do Exército. É um orgulho muito grande ter essa oportunidade de ingressar na Academia”.


Exército Brasileiro apreende quase 2 toneladas de Skunk, Fuzil AK-47, pistola e munição em embarcação no Rio Içá.


Durante Operação de Reconhecimento de Fronteira (ReFron) no Rio Içá, militares do 2° Pelotão Especial de Fronteira de Ipiranga (AM) deram "voz de parada para revista" aos três ocupantes de uma embarcação do tipo "canoão", que responderam com tiros contra a tropa. Em legítima defesa e em cumprimento do dever legal, os militares reagiram à ameaça de forma proporcional. Um colombiano foi detido e a embarcação apreendida com 1.859 kg de Skunk, um Fuzil AK-47, com três carregadores, uma pistola Beretta 9 mm, munição calibre 5,56 mm e 9 mm.

Essa foi a quarta apreensão realizada pelo Comando de Fronteira Solimões/8° Batalhão de Infantaria de Selva, subordinado a 16° Brigada de Infantaria de Selva, somente neste ano.

O Exército Brasileiro, por intermédio do Comando Militar da Amazônia (CMA), intensificou as ações de combate aos crimes transfronteiriços com a chegada de equipamentos de alta tecnologia, no contexto da Operação Ágata. Somente na área de responsabilidade do CMA, já foram realizadas cinco apreensões, totalizando 5,3 toneladas desse tipo de droga, ainda no primeiro mês do ano.

O Exército Brasileiro, em parceria com órgãos de segurança pública federais e estaduais, atua diuturnamente na garantia da soberania nacional nas faixas de fronteiras e na proteção de nosso povo, reafirmando sua dedicação, profissionalismo e compromisso com a Pátria no combate a ilícitos, favorecendo a sociedade brasileira.

Mulheres na Força Terrestre: tudo começou com a heroína Maria Quitéria de Jesus Medeiros, ainda em 1823.


Não é novidade a participação da mulher nas fileiras do Exército Brasileiro (EB). Basta voltarmos os olhos para o passado e veremos, nas terras baianas, o impulso combativo da destemida Maria Quitéria de Jesus Medeiros, que num altivo rompante, trajou-se tal qual um soldado, arrebatou o fuzil e pôs-se em marcha para ajudar na Guerra da Independência, em 1823. 


Tempos depois, agora num cenário internacional e defendendo os mesmos valores de Maria Quitéria, brasileiras ombrearam ao lado dos homens e foram combater entre os aliados nas terras europeias, contra o exército alemão, quando da Segunda Guerra Mundial. Eram as enfermeiras brasileiras, jovens que incorporaram o verde-oliva e bravamente apoiaram os nossos pracinhas e a população local, que assim necessitavam.